Novo diretor da PSP toma posse. Montenegro antevê tarefa "enorme" para Luís Carrilho

por Cristina Sambado - RTP
Miguel A. Lopes - Lusa

O novo diretor nacional da Polícia de Segurança Pública tomou posse esta sexta-feira no Ministério da Administração Interna, cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro. Em mensagem a Luís Carrilho, Luís Montenegro realçou que a tarefa "é enorme" e "passa por múltiplos aspetos", que devem desde logo dar à população portuguesa um acréscimo de "sentimento de segurança". Já o novo responsável pela PSP considerou que os agentes se devem “sentir valorizados, respeitados e apoiados”.

Num elogio às forças da Polícia de Segurança Pública presentes na tomada de posse, o primeiro-ministro afirmou que "acrescentar sentimento de segurança é importantíssima nos dias de hoje. Isso contribui para a tranquilidade das pessoas, para a tranquilidade do país".

Luís Montenegro defendeu ainda um incremento, nos próximos anos, no policiamento de proximidade: "Nós precisamos de mostrar às nossas populações uma presença mais ativa, mais preventiva das nossas forças de segurança e da Polícia de Segurança Pública em particular".
No discurso, o governante considerou que a “a segurança é um dos nossos principais atrativos económicos. A nossa capacidade de termos mantido ao longo dos anos, níveis de segurança elevados, que dão a quem nos visita a garantia de puderem ter no nosso espaço a oportunidade que procuram para o seu descanso, para o seu lazer, para o afundamento do seu conhecimento”.

Essa garantia é também essencial para a estabilidade social do nosso país. E através da estabilidade social, para a garantia do Estado de direito e da salvaguarda dos direitos das pessoas”, acrescentou.

Segundo o primeiro-ministro, “quando garantimos a segurança, também garantimos uma boa economia. Garantindo uma boa economia, continuamos a garantir um Estado de direito, que funciona e que garante os direitos fundamentais”.

“A segurança é objetivamente um fator de competitividade social e também económica de Portugal”, acrescentou.
Valorizar, respeitar e apoiar
Já o novo diretor nacional da Polícia de Segurança Pública considerou que os agentes da força de segurança se devem “sentir valorizados, respeitados e apoiados”.

Luís Carrilho defendeu que os polícias "são a espinha dorsal da instituição". "Eles enfrentam desafios diários, muitas vezes colocando a sua vida em risco, para garantir a segurança de todos nós. Por isso, é nossa responsabilidade garantir que tenham as condições necessárias para desempenhar as suas funções".
O novo diretor nacional deixou ainda a promessa de "priorizar o bem-estar de todos os nossos polícias".

"O que significa não apenas trabalhar no que estiver dentro da minha esfera de competências, para melhorar as condições socioprofissionais e financeiras, mas também para assegurar o equipamento adequado e a formação de qualidade e, paralelamente, promover a criação de um ambiente de trabalho, onde cada membro da PSP se sinta valorizado, respeitado e apoiado", enumerou.

Luís Carrilho sucede no cargo a José Barros Correia, que tinha sido indigitado em setembro pelo Executivo de António Costa. O novo diretor nacional da PSP ocupava o cargo de comandante da Unidade Especial de Polícia, tendo exercido os cargos de chefe do serviço de segurança da Presidência da República, conselheiro de polícia das Nações Unidas e diretor da divisão de Polícia no Departamento de Operações de Paz da ONU.

Carrilho foi também comandante da Polícia das Nações Unidas em três operações de manutenção da paz na República Centro-Africana, no Haiti e em Timor-Leste, onde foi o primeiro diretor da Academia da Polícia Nacional de Timor-Leste.

Em Portugal, Luís Carrilho exerceu funções de comandante do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, chefe de gabinete do diretor do Instituto de Ciências Policiais e Segurança Interna, chefe de redação da revista Polícia Portuguesa da PSP e comandante da esquadra de segurança à residência oficial do primeiro-ministro.



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